A querida amiga Teolinda Gersão estará ao vivo aqui para o lançamento do livro Alice e Outras Mulheres , uma antologia de contos da autora organizada por Nilma Lacerda. A professora de Literatura Portuguesa Marcia Manir também participará na conversa moderada por Taty Leite. O livro colige textos de Teolinda sobre mulheres que, tendo sido publicados ao longo de 40 anos, são agora publicados pela primeira vez no Brasil, pela Oficina Raquel. O evento acontecerá amanhã, às 17h, horário de São Paulo. Para assistir, inscreva-se no link acima.
(1) “Where are you from?” “I´m from Portugal.” “Oh, great! I have been to Spain once. I enjoyed it!...” “I am glad you did.” (2) “Hey, how do you say this in Spanish?” “I don't know.” (3) “Have you met So And So this morning?” “No.” “He's from your hemisphere.” “Uh! Where from?” “Brazil.” (4) “Are you from Portugal?” “Yes, indeed.” “So you speak Spanish, right?” “No.” (5) “Hey! How's Spain?” *smile* (6) “How’s the weather down there in Portugal?” “What's down there?”
Alguns dos livros que li neste Verão foram sugeridos por amigos num momento ou noutro ao longo do ano. A sua leitura foi, em primeiro lugar, o cumprimento de um dever moral. Qualquer uma dessas sugestões valeu a pena. Por isso, incluo-as aqui, sem distinção, como recomendação minha. No fundo, é para isso que acho que listas de livros servem: para extrair delas recomendações de leitura. Os livros encontram-se aproximadamente na ordem em que os li – tanto quanto foi possível determinar. Não sou um leitor disciplinado; pego nos livros à medida que me apetece. Começo uns, leio outros, acabo os primeiros ou os segundos, quando já começo os terceiros, e por aí adiante. As datas que apresento correspondem ao ano da primeira publicação de cada um. Ray Bradbury, Fahrenheit 451 (1953). Eça de Queirós, A Ilustre Casa de Ramires (1900). Fernando Pessoa, Odes de Ricardo Reis (1946). Raul Brandão, O Padre (1901). Camilo Pessanha, Clepsydra (1920). Martin Luther,...
A música erudita é uma das coisas que a contemporaneidade não estragou completamente. É certo que a música erudita contemporânea muitas vezes integra géneros musicais bastante distantes. Aí as fronteiras, e até as distinções, entre música erudita e música popular encontram-se muito esbatidas, o que não impede que haja composições que despertem muito agrado. Nomes que ouço e retenho: Arvo Pärt, Craig Amstrong, Eurico Carrapatoso, John Cage, Luciano Berio, Ludovico Einaudi, Maurice Duruflé, Max Richter, Philip Glass, Rodrigo Leão, Simeon ten Holt, Yann Tiersen. John Cage é o único que me provoca sentimentos contraditórios. Ainda não percebi se gosto.
Cada vez escrevo menos. Ou melhor, cada vez escrevo menos coisas que antes gostava de escrever. Escrevo o que tenho de escrever para cumprir os requisitos académicos. Mas não tenho escrito nada pelo prazer de escrever, ou exercitado aquele tipo de escrita que tem como fim maior o seu próprio exercício. Reli o que escrevi pelo Natal do ano passado, e constato que me sinto de uma maneira inteiramente diferente em relação a esse exercício. Escrever não é mais uma coisa que me apeteça. A ideia de o fazer cansa-me. Não que eu tenha alguma vez escrito muito ou regularmente; mas porque escrever é um exercício que me exige muito: atenção, intencionalidade, tempo, esforço, concentração. Escrever nunca me foi natural; pelo contrário, foi sempre uma actividade transpirada. No entanto, como todas as coisas no mundo físico, a complexão (ou compleição) actual é susceptível de mudança, lenta ou rápida. Nunca soube escrever recreativamente de modo programático. Não faço um plano, não sigo ...
O Facebook faz-me o favor de me lembrar todos os anos, depois de 2014, que partilhei no dia 1 de Março este poema do João Penha que, de resto, costuma andar perdido nos recessos da minha memória. Eu, que gosto dele, não tenho resistido a cada dia 1 de Março a partilhá-lo novamente. Tenho apenas uma meia dúzia de amigos que fielmente lhe põem um gosto, também eles quase sempre os mesmos, o que é peculiar. Gosto particularmente do verso “E tu, que sobresahes pelas orelhas”. Faz-me rir imenso. OS DOUS ASNOS Um cavallo que tinha o rei no bôjo, Disse ao magro jumento d'um moleiro: – “Da minha raça, tu? Causas-me nojo; Tu fazes rir: és menos que um sendeiro. “A mim, me adornam selas e xaireis, Magníficos arreios e gualdrapas; Em mim cavalgam principes e reis, Homens de guerra, bellas damas guapas. “E tu, que sobresahes pelas orelhas, Por sobre a albarda que te adorna a espinha, Que levas, asno? Diz? Canastras velhas, Teu dono: um ôdre, ou sacos de far...
Não creio numa função descritiva ou prescritiva dos nomes próprios. Isto é, não creio que o nome que nos deram descreve como somos, nem creio que nome que nos deram prescreve uma forma de vida. Se o significado do nome de alguém se reflecte na vida da pessoa que o tem, ou se a pessoa que o tem se revê no significado do nome que lhe deram, o fenómeno será caso de coincidência. Exemplifico. A minha mãe chama-se Berta. Berta quer dizer “Brilhante”. A minha mãe é brilhante literal e metaforicamente. O nome que tem descreve-a bem e ela faz justiça ao nome que lhe deram. No entanto, ninguém lhe deu o nome Berta porque anteviu que ela fosse ser brilhante, nem ela se tornou brilhante porque lhe deram nome Berta. Um caso paradigmático da não-correspondência entre o nome de alguém e a pessoa que o tem é o meu próprio caso. Miguel quer dizer “Quem é como Deus [?]”. Coloco o ponto de interrogação entre parêntesis rectos porque não é certo que a sílaba Mi- seja sempre um pronome interrogativ...
Apesar dos condicionalismos, aqui vão os meus votos de um bom possível Domingo de Aleluia!
ResponderEliminarMuito obrigado, caro APS. Retribuo, com estima! Abraço.
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