Alguns dos livros que li neste Verão foram sugeridos por amigos num momento ou noutro ao longo do ano. A sua leitura foi, em primeiro lugar, o cumprimento de um dever moral. Qualquer uma dessas sugestões valeu a pena. Por isso, incluo-as aqui, sem distinção, como recomendação minha. No fundo, é para isso que acho que listas de livros servem: para extrair delas recomendações de leitura. Os livros encontram-se aproximadamente na ordem em que os li – tanto quanto foi possível determinar. Não sou um leitor disciplinado; pego nos livros à medida que me apetece. Começo uns, leio outros, acabo os primeiros ou os segundos, quando já começo os terceiros, e por aí adiante. As datas que apresento correspondem ao ano da primeira publicação de cada um. Ray Bradbury, Fahrenheit 451 (1953). Eça de Queirós, A Ilustre Casa de Ramires (1900). Fernando Pessoa, Odes de Ricardo Reis (1946). Raul Brandão, O Padre (1901). Camilo Pessanha, Clepsydra (1920). Martin Luther,...
A querida amiga Teolinda Gersão estará ao vivo aqui para o lançamento do livro Alice e Outras Mulheres , uma antologia de contos da autora organizada por Nilma Lacerda. A professora de Literatura Portuguesa Marcia Manir também participará na conversa moderada por Taty Leite. O livro colige textos de Teolinda sobre mulheres que, tendo sido publicados ao longo de 40 anos, são agora publicados pela primeira vez no Brasil, pela Oficina Raquel. O evento acontecerá amanhã, às 17h, horário de São Paulo. Para assistir, inscreva-se no link acima.
(1) “Where are you from?” “I´m from Portugal.” “Oh, great! I have been to Spain once. I enjoyed it!...” “I am glad you did.” (2) “Hey, how do you say this in Spanish?” “I don't know.” (3) “Have you met So And So this morning?” “No.” “He's from your hemisphere.” “Uh! Where from?” “Brazil.” (4) “Are you from Portugal?” “Yes, indeed.” “So you speak Spanish, right?” “No.” (5) “Hey! How's Spain?” *smile* (6) “How’s the weather down there in Portugal?” “What's down there?”
A música erudita é uma das coisas que a contemporaneidade não estragou completamente. É certo que a música erudita contemporânea muitas vezes integra géneros musicais bastante distantes. Aí as fronteiras, e até as distinções, entre música erudita e música popular encontram-se muito esbatidas, o que não impede que haja composições que despertem muito agrado. Nomes que ouço e retenho: Arvo Pärt, Craig Amstrong, Eurico Carrapatoso, John Cage, Luciano Berio, Ludovico Einaudi, Maurice Duruflé, Max Richter, Philip Glass, Rodrigo Leão, Simeon ten Holt, Yann Tiersen. John Cage é o único que me provoca sentimentos contraditórios. Ainda não percebi se gosto.
Cada vez escrevo menos. Ou melhor, cada vez escrevo menos coisas que antes gostava de escrever. Escrevo o que tenho de escrever para cumprir os requisitos académicos. Mas não tenho escrito nada pelo prazer de escrever, ou exercitado aquele tipo de escrita que tem como fim maior o seu próprio exercício. Reli o que escrevi pelo Natal do ano passado, e constato que me sinto de uma maneira inteiramente diferente em relação a esse exercício. Escrever não é mais uma coisa que me apeteça. A ideia de o fazer cansa-me. Não que eu tenha alguma vez escrito muito ou regularmente; mas porque escrever é um exercício que me exige muito: atenção, intencionalidade, tempo, esforço, concentração. Escrever nunca me foi natural; pelo contrário, foi sempre uma actividade transpirada. No entanto, como todas as coisas no mundo físico, a complexão (ou compleição) actual é susceptível de mudança, lenta ou rápida. Nunca soube escrever recreativamente de modo programático. Não faço um plano, não sigo ...
Ríu Ríu Chíu, um vilancete espanhol de tema natalino, provalvelmente da autoria do aragonês Mateo Flecha (1481-1530), foi preservado no Cancioneiro de Upsala (Veneza, 1556). É aqui interpretado ao vivo com arranjo de Chip Douglas et alia pelos The Monkees, no episódio do dia 25 de Dezembro de 1967 do The Monkees' Christmas Show. Esta gravação regista a única vez que a banda apresentou a canção na TV. Uma versão de estúdio tinha sido gravada em Agosto do mesmo ano, mas veio a público apenas no segundo volume da colectânea Missing Links (1990), que colige canções raras e inéditas do grupo. Depois disso foi integrada em diversas compilações.
O Facebook faz-me o favor de me lembrar todos os anos, depois de 2014, que partilhei no dia 1 de Março este poema do João Penha que, de resto, costuma andar perdido nos recessos da minha memória. Eu, que gosto dele, não tenho resistido a cada dia 1 de Março a partilhá-lo novamente. Tenho apenas uma meia dúzia de amigos que fielmente lhe põem um gosto, também eles quase sempre os mesmos, o que é peculiar. Gosto particularmente do verso “E tu, que sobresahes pelas orelhas”. Faz-me rir imenso. OS DOUS ASNOS Um cavallo que tinha o rei no bôjo, Disse ao magro jumento d'um moleiro: – “Da minha raça, tu? Causas-me nojo; Tu fazes rir: és menos que um sendeiro. “A mim, me adornam selas e xaireis, Magníficos arreios e gualdrapas; Em mim cavalgam principes e reis, Homens de guerra, bellas damas guapas. “E tu, que sobresahes pelas orelhas, Por sobre a albarda que te adorna a espinha, Que levas, asno? Diz? Canastras velhas, Teu dono: um ôdre, ou sacos de far...
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