Aquele todo de Gonçalo, a franqueza, a doçura, a bondade, a imensa bondade, que notou o senhor padre Soeiro... Os fogachos e entusiasmos, que acabam logo em fumo, e juntamente muita persistência, muito aferro quando se fila à sua ideia... A generosidade, o desleixo, a constante trapalhada nos negócios, e sentimentos de muita honra, uns escrúpulos, quase pueris, não é verdade?... A imaginação que o leva sempre a exagerar até à mentira, e ao mesmo tempo um espírito prático, sempre atento à realidade útil. A viveza, a facilidade em compreender, em apanhar... A esperança constante nalgum milagre, no velho milagre de Ourique, que sanará todas as dificuldades... A vaidade, o gosto de se arrebicar, de luzir, e uma simplicidade tão grande, que dá na rua o braço a um mendigo... Um fundo de melancolia, apesar de tão palrador, tão sociável. A desconfiança terrível de si mesmo, que o acobarda, o encolhe, até que um dia se decide, e aparece um herói, que tudo arrasa... Até aquela antiguidade de r
Apesar do Verão atípico deste ano, a noite só se começa a definir, por cá, por volta das 20h30.
ResponderEliminarEntretanto, fiquei com curiosidade sobre este seu vinho, e andei a investigar. É de um grande e bom produtor: Casa Santos Lima. Já lá estive, na Loja: têm muitos monocastas, quer brancos, quer tintos. Este, Al-Ria, é lotado de Syrah e Touriga (Nacional, decerto). Não o conhecia, mas parece que foi premiado na Bélgica.
Uma muito boa noite.
O Verão também anda atípico por cá; de certa forma, ainda bem, porque quando está muito quente e húmido uma semana já parece uma eternidade. O sol põe-se por volta das 21h00 nesta altura. A escuridão foi obra da tempestade, que dizem não ser tão incomum.
EliminarA Touriga é nacional; também tem Tinta Roriz. Gostei imenso.
Um resto de bom dia!