Ler literatura portuguesa em inglês


Por vezes releio literatura portuguesa em tradução inglesa. Duas razões: de vida repartida entre quatro cidades (até há pouco tempo cinco) e dois continentes, nem sempre sei onde estão os pertences que me interessam num dado momento ou tenho acesso fácil a eles. Mas também há esta razão: por vezes acomete-me uma curiosidade irreprimível de ver como determinados textos foram traduzidos. A primeira razão foi o que me fez ler a tradução de Jethro Soutar e Annie McDermott (Dalkey Archive, 2017) de A Cidade de Ulisses (Sextante, 2011) de Teolinda Gersão. A segunda é a que me fará ler a tradução de Margaret Jull Costa (Dedalus, 1994) de A Relíquia (1887) de Eça, que tem estado há meses sobre a mesa à espera de ocasião. Como resistir à tentação de saber como o humor cáustico de Eça, tão dependente do idioma português e da caricatura social, se traduz em inglês? No caso dos poemas do(s) Pessoa(s), como o que transcrevo abaixo, leio-os em tradução pelas duas razões ao mesmo tempo.

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