Diários da Segunda Grande Guerra


Segundo um artigo interessantíssimo de Nina Siegal and Josephine Sedwick, ontem, no The New York Times, "The Lost Diaries of War", existem muitos escritos do período da ocupação nazi da Holanda que estão a ser progressivamente disponibilizados via transcrição digital. 

Estes escritos, diários (mais de 2000) e cartas, foram preservados a pedido do então ministro da educação holandês, Gerrit Bolkestein, no dia 28 de Março de 1944, com o intuito de que no futuro se pudesse, a partir deles, reconstruir a história da Holanda sob o jugo nazi. Muitos holandeses tinham, de facto, passado a escrito as suas experiências durante os quatro anos precedentes, entre eles Anne Frank, cujo diário, pelo menos de nome, é conhecido de todos nós. O país veio a ser libertado em Maio de 1945, e subsequentemente muitos cidadãos entregaram as suas cartas e diários ao arquivo criado para o efeito. Todavia, os autores do artigo lamentam que, na maior parte dos casos, os diários foram ignorados depois da sua catalogação. 

Mais de 90 destes diários já se encontram transcritos na totalidade e disponíveis para leitura no site do Instituto NIOD para o Estudo da Gerra, Holocausto e Genocídio.  

Imagem do NYT. Páginas do diário de Catharina Damen-Ogier, enfermeira da Cruz Vermelha. Neste diário podem ver-se fotografias de colegas da profissão médica e de soldados feridos que tratou, tanto ingleses e franceses, como alemães. 

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